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Entrevista com Dra. Cíntya Lins

  • Foto do escritor: Carioca Offices - Redação
    Carioca Offices - Redação
  • 11 de jul.
  • 3 min de leitura

Entre prazos e afeto: o escritório com janelas abertas para a vida.

Entrevista: Foto de Dra. Cíntya Lins, mulher branca de cabelos cacheados na cor castanho escuro. Ela usa maquiagem, batom vermelho e acessórios dourados, além de vestido vermelho e blazer preto com mangas vazadas. Está levemente apoiada em uma mesa de madeira, segurando uma caneca com o logotipo de sua empresa.
Dra. Cíntya Lins - Advogada

No meio da tarde, quando tantos escritórios ainda engatinham entre e-mails e prazos, as luzes no espaço da sala da Dra. Cíntya Lins começam a se suavizar. Ali, produtividade não tem a ver com tempo de permanência, mas com propósito. O relógio pode marcar 15h, mas o dia segue — do lado de fora do expediente.


Advogada com atuação sólida nas áreas de Família, Empresarial e Cível, Cíntya é daquelas profissionais que não perderam a doçura nem a ética ao longo do caminho. Conduz sua equipe ouvindo, confiando e respeitando o ritmo de cada um. É firme nos argumentos e generosa nos vínculos. E foi assim, entre pausas, risos e olhos marejados, que nasceu esta conversa.


“Meu escritório nasceu quando a vida pediu mais liberdade.”

Ainda como advogada associada, ela percebeu que precisava de um novo ritmo. Comprou sua primeira sala quando sua filha ainda era pequena. “Não foi exatamente planejado. Foi um movimento que veio de dentro. Eu queria exercer minha profissão mantendo minha presença no cotidiano da minha família. E o escritório veio como resposta.” Cada detalhe do espaço foi pensado para acolher a rotina, sem perder o profissionalismo. O que poderia parecer um conflito — trabalhar e cuidar — virou identidade. “Aqui é “A excelência absoluta? Aprendi a deixar pra lá.”

Quando perguntamos se ela conseguiu equilibrar todos os papéis, Cíntya respondeu com verdade: “Não consegui. E tudo bem.” A chave foi aprender a delegar e deixar de lado a cobrança pela perfeição.

“Quando me libertei da ideia de ser excelente em tudo, comecei a me mover com mais verdade e menos culpa.”

“Se eu pudesse propor uma mudança no mundo jurídico, ela começaria pela justiça do tempo.”

Cíntya acredita que o Direito ainda precisa amadurecer no acolhimento de

rotinas mais humanas. “Quem cuida de outra vida precisa de liberdade. Isso não atrapalha o trabalho — melhora. É preciso abrir espaço para outras formas de exercer a profissão, inclusive no modelo remoto.”


Ela defende políticas mais flexíveis para quem está em contextos de cuidado, especialmente com filhos ou familiares com necessidades específicas:

“Produtividade não se mede com ponto batido. Se mede com resultado — e com saúde emocional.”


Ela também faz um alerta sobre os estigmas que ainda rondam a advocacia: “Infelizmente, a imagem do advogado malandro ainda persiste. E isso me incomoda. A ética precisa ser a base — não a exceção.”


“Sucesso é entregar bem e chegar na escola no horário.” Sobre sucesso, ela é direta: “É ser lembrada com respeito, ter uma equipe que caminha comigo e não abaixo. É entregar o que me proponho, e ainda estar presente na rotina das minhas filhas.” Com leveza, completa: “Ir pra Disney também é sucesso, mas isso é detalhe.”


“Quando o expediente termina, o que permanece? Minha família. São eles que me movem. Tudo o que constrói, conta Cíntya, tem esse núcleo como motivação:


“Trabalho porque amo, claro. Mas também porque eles são meu combustível. É por nós.”

A história de Cíntya Lins é um convite à coragem de viver a advocacia com humanidade. Ela prova que é possível cuidar de si, dos outros e do trabalho — com ética, presença e sentido. Que nenhuma mulher precisa escolher entre realizar e amar. Que dá para fazer tudo — só não ao mesmo tempo, nem sozinha.

Seu escritório tem janelas abertas para a vida. E por isso, floresce.


Cíntya Lins - Advogada - Direito de Família, Empresarial e Cível


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